- Recursos Florestais e Silvícolas (subsector)
Sem que tivesse sido possível fazer-se uma análise diacrónica do que tem sido a alteração da retracção da área florestada pela agricultura nos últimos 30 anos pode afirmar-se, embora sem quantificação por falta de estudos de base nesta matéria, que a ocupação da terra tem vindo a alterar sistematicamente o aspecto fisionómico inicial.
Os factores determinantes dessa alteração da paisagem florestal são fundamentalmente a expansão da fronteira agrícola e a intensidade da remoção de lenhas, principalmente do carvão, destinado ao Huambo e fundamentalmente a Luanda e Lobito.
Estes factores têm vindo a alterar uma grande parte da formação primitiva para dar lugar a comunidades típicas de savana aberta com arbustos, em que o estrato herbáceo é dominado pelas hiparrénias e Andropogon spp. de baixo valor nutritivo para o gado na época do cacimbo.
Em relação à floresta exótica e não obstante o potencial para a produção de lenhas e madeiras de espécies florestais lenhosas dos géneros Eucalyptus sp., Pinus sp., Casuarina equisetifolium e Cupressus, entre outras, bem representadas no município, a extensão dos povoamentos não tem ainda significado.
Considerando a importância do coberto florestal natural e no contributo que presta ao abastecimento energético doméstico, bem como o seu papel na conservação e regularização dos recursos hídricos sem os quais a agricultura de regadio e a produção de batata e cebola (que constitui a principal fonte de rendimento dos agricultores da comuna do Chipeio se verá fortemente ameaçada) pelo que é fundamental continuar a apostar neste sub-sector.
A Coopecunha dispõe de um viveiro já com uma razoável capacidade de produção de plantas, viveiro esse que é sustentado pela venda das plantas produzidas aberto ao público.
 |